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Formatura Comemorativa ao Dia da Arma de Infantaria e do Serviço de Saúde

  • Publicado: Terça, 28 de Mai de 2019, 13h24
  • Última atualização em Terça, 28 de Mai de 2019, 17h55

O Centro de Preparação de Oficiais da Reserva do Recife comemorou com uma formatura, no dia 28 de maio de 2019, o Dia da Arma de Infantaria e o Dia do Serviço de Saúde, comemorados no âmbito do Exército Brasileiro nos dias 24 e 27 de maio, respectivamente. A formatura foi presidida pelo Comandante do CPOR/R, Sr Tenente-Coronel Alexandre Lückemeyer Machado Carrion, e contou com a presença do Vice-Presidente da Associação dos Veteranos da Brigada de Infantaria Paraquedista (regional Pernambuco), Sr Luis Carlos Cavalheiro.

Na ocasião, foram lidos os textos alusivos às datas, em homenagem aos Patronos, BRIGADEIRO ANTÔNIO DE SAMPAIO e GENERAL DE BRIGADA MÉDICO JOÃO SEVERIANO DA FONSECA, entoada a canção da Infantaria,  e, por fim, foi colocada uma corbelha de flores no busto do BRIGADEIRO SAMPAIO.

 

A ARMA DE INFANTARIA


A Infantaria tem como característica essencial a aptidão para combater a pé, em todos os tipos de terreno e sob quaisquer condições meteorológicas, podendo utilizar variados meios de transporte. Uma de suas missões é conquistar e manter o terreno, aproveitando a capacidade do infante de progredir em pequenas frações, difíceis de serem detectadas em todos os tipos de terreno. Isso permite que ele se aproxime do inimigo para travar o combate corpo-a-corpo. A Infantaria poderá ter especializações das mais diversas: motorizada, blindada, Paraquedista, leve, de selva, de caatinga, de montanha, de guardas e de polícia.

"Depois do que assisti em Monte Castelo, quando passo por um soldado de Infantaria, tenho vontade de prestar-lhe continência". (Gen Cordeiro de Farias, comandante da Artilharia Divisionária da FEB).

As unidades da Infantaria brasileira distinguem-se por diferentes especialidades: Motorizada, Blindada, Paraquedista, Leve (Aeromóvel), de Selva, de Montanha, de Caatinga, de Polícia do Exército, de Guarda.

São adestradas para combater em diversos tipos de terreno, em qualquer parte do território nacional. Sua missão básica, no ataque, é destruir ou capturar o inimigo, empregando o fogo, o movimento e a ação de choque. Na defensiva, mantêm o terreno e contra-ataca. Tem por característica essencial a aptidão para combater a pé em todos os tipos de terreno, podendo deslocar-se para os lugares mais remotos – desde que receba meios de transporte adequados – e operar sob quaisquer condições meteorológicas.

Neste século, nossos infantes integraram a Força Expedicionária Brasileira, durante a II Guerra Mundial. A 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária conquistou o respeito de aliados e adversários com vitórias alcançadas em território europeu, como a de Monte Castelo e a de Montese.

Os infantes brasileiros podem ser encontrados na Amazônia, no sertão nordestino, nos pampas, nas montanhas, no pantanal, nos montes. Em qualquer lugar, não importa quão longe esteja. Basta que haja uma missão.

O patrono da Arma de Infantaria é o Brigadeiro Sampaio.

 

BRIGADEIRO ANTÔNIO DE SAMPAIO

PATRONO DA ARMA DE INFANTARIA


Antônio de Sampaio nasceu em 24 de maio de 1810, na cidade de Tamboril, estado do Ceará. Filho de Antônio Ferreira de Sampaio e Antônia Xavier de Araújo, foi criado e educado pelos pais no ambiente simples dos sertões.

Cedo revelou interesse pela carreira militar, galgando postos por merecimento graças a inúmeras demonstrações de bravura, tenacidade e inteligência. Foi Praça em 1830; Alferes em 1839; Tenente em 1839; Capitão em 1843; Major em 1852; Tenente-Coronel em 1855; Coronel em 1861 e Brigadeiro em 1865. Sampaio teve atuação destacada na maioria das campanhas de manutenção da integridade territorial brasileira e das que revidaram as agressões externas na fase do Império: Icó (CE), 1832; Cabanagem (PA), 1836; Balaiada (MA), 1838; Guerra dos Farrapos (RS), 1844-45; Praieira (PE), 1849-50; Combate à Oribe (Uruguai), 1851; Combate à Monte Caseros (Argentina), 1852; Tomada do Paissandu (Uruguai), 1864; e Guerra da Tríplice Aliança (Paraguai), 1866. Foi condecorado por seis vezes, no período de 1852 a 1865, por Dom Pedro II, então Imperador do Brasil.

Recebeu três ferimentos na data do seu aniversário, 24 de maio, na Batalha de Tuiuti, em 1866. O primeiro, por granada, gangrenou-lhe a coxa direita; os outros dois foram nas costas. Faleceu a bordo do vapor hospital Eponina, em 06 de julho de 1866, quando do seu transporte para Buenos Aires.

Homem puro e patriota, Sampaio destacava-se por ser capacitado e corajoso, inteiramente dedicado à vida militar. Exemplo de exponencial bravura, foi consagrado Patrono da Arma de Infantaria do Exército Brasileiro, pelo Decreto 51.429, de 13 de março de 1962.

 

O SERVIÇO DE SAÚDE


É fato pouco conhecido pelo público em geral que, sob a denominação de Militar do Exército Brasileiro, existe uma ampla gama de especializações desempenhadas por cada integrante da Força Terrestre, abrangendo os mais diversos campos de atividades, e que, na maioria dos casos, define toda a carreira militar desses indivíduos.

A grande divisão dessas especializações é definida pela Arma, Quadro ou Serviço a que pertence um militar do Exército. As Armas englobam o militar combatente por excelência, radicionalmente a atividade-fim da profissão. Os Quadros reúnem os militares que, de origem diversa, aglutinam-se dentro desses quadros com uma finalidade geral própria. Por fim, há os Serviços que, como o termo indica, têm uma atividade de apoio bem definida, normalmente de cunho logístico.

As Armas dividem-se em dois grupos: as Armas-Base (Infantaria e Cavalaria) e as Armas de Apoio ao Combate (Artilharia, Engenharia e Comunicações). A Infantaria define o combatente a pé, aquele que pode deslocar-se por qualquer tipo de região e que conquista, ocupa e mantém o terreno, em operações ofensivas e defensivas; pela variedade de missões o infante também tem suas especializações, tais como: de selva, blindado, de montanha, paraquedista, Polícia do Exército e muitas outras, que estão ilustradas neste site. A Cavalaria reconhece, proporciona segurança às demais formações em combate e combate por seus próprios meios; seja blindada ou mecanizada mantém nos seus atuais veículos as capacidades das tradicionais formações hipomóveis (a cavalo).

As Armas de apoio complementam a missão das armas-base, quer pelo apoio de fogo de seus obuses, canhões, foguetes e mísseis (Artilharias de Campanha e Antiaérea – EsACosAAe; pela mobilidade e contramobilidade (Engenharia) e pela instalação e manutenção dos sistemas de C2 (Comando e Controle) e de Guerra Eletrônica – CCOMGEx/DF (Comunicações). Os oficiais e sargentos de carreira, das diferentes Armas, são oriundos da Academia Militar das Agulhas Negras – AMAN (Resende/RJ) e da Escola de Sargentos das Armas – EsSA (Três Corações/MG), respectivamente.

Os Quadros principais, na atualidade, são: o Quadro de Engenheiros Militares (QEM), com seus integrantes formados ou profissionalizados pelo tradicional Instituto Militar de Engenharia - IME; o QEM tem a seu encargo a maior parte do trabalho técnico de engenharia não-combatente como a área de C & T, bem como a produção do material bélico, nas fábricas e arsenais. O Quadro de Material Bélico (QMB), também formado na AMAN, trata das atividades gerais de manutenção dos equipamentos bélicos da Força, incluindo suas viaturas. Por fim, o mais recente Quadro Complementar de Oficiais (QCO), que permitiu aos possuidores de um diploma de nível superior, nas áreas gerais da administração (Administração, Direito, Informática, Letras, Comunicação Social, dentre outras), o ingresso como oficial de carreira, por intermédio da Escola de Formação Complementar do Exército (Salvador/BA).

Os Serviços de Intendência e de Saúde (médicos, dentistas e farmacêuticos) trabalham na paz e na guerra para a manutenção do homem, pelo atendimento às suas necessidades de sustento e sanitárias. Os oficiais de Intendência são mestres no suprimento e nas finanças, também oriundos da AMAN. Os oficiais da área de saúde, após sua graduação em uma instituição de ensino superior, ingressam no Exército por intermédio da Escola de Saúde do Exército – EsSEx. As mulheres no Exército, atualmente, podem ingressar, como militares de carreira ou temporárias, no QEM, no QCO e no Serviço de Saúde, em igualdade de condições com os homens e concorrendo às mesmas promoções.

Os graduados (subtenentes e sargentos) das áreas de apoio, incluindo músicos, são formados em outras escolas militares, de acordo com a sua área de atuação; assim, além da já citada EsSEx, temos as: Escola de Sargentos de Logística – EsSLog, Escola de Comunicações – EsCom, Escola de Instrução Especializada – EsIE e o Centro de Instrução de Aviação do Exército– CIAVEx.

O Serviço de Saúde do Exército Brasileiro está presente de norte a sul do Brasil, provendo o apoio à família militar e à população brasileira em geral nos mais distantes rincões do País. A seguir, você encontrará informações importantes sobre o Serviço de Saúde, seu trabalho e o importante apoio que os soldados do corpo de saúde prestam pelo país afora.

O patrono do Serviço de Saúde do Exército é o General de Brigada Severiano da Fonseca.

 

GENERAL DE BRIGADA MÉDICO JOÃO SEVERIANO DA FONSECA

PATRONO DO SERVIÇO DE SAÚDE


O General de Brigada médico João Severiano da Fonseca, nascido a 27 de maio de 1836, em Alagoas.Médico, militar, escritor, historiador e diplomata, ingressou na carreira das armas dois anos após seu doutoramento, em 1862.

Tomou parte na Campanha do Uruguai, apresentando-se como voluntário, embora doente e ainda em licença para tratamento . De substancial valor foi seu desempenho em Salto e Paissandu, marcos iniciais de um ciclo glorioso, que prosseguiria na Guerra da Tríplice Aliança.

Ao longo desse conflito, não lhe faltaram louvores em profusão de seus chefes, assinalando a excelência do serviço prestado ou da tarefa bem cumprida. Inúmeras foram as condecorações que recebeu, sendo o único oficial do Corpo de Saúde condecorado com a Ordem do Cruzeiro.

Fez toda a Campanha da Tríplice Aliança vivenciando e sofrendo as dificuldades impostas pelas condições climáticas, que variavam do intenso calor no verão às chuvas prolongadas na primavera e ao intenso frio do inverno. Como se isso não bastasse, atendeu as epidemias de varíola e cólera, lutando contra a precariedade do estado sanitário da tropa. Aplicou-se, incansavelmente, contra os piores inimigos da guerra, que eram as doenças infecto-contagiosas. No meio dessa terrível guerra, estava o Patrono sempre zeloso, humanitário e inteligente.

Como filho de militar, trazia no sangue a vontade de lutar pela Pátria. Ele e seus ilustres dois irmãos, Hermes Hernesto e Manuel Deodoro, conseguiram retornar aos seus lares e continuar a carreira no Exército. Infelizmente, não tiveram a mesma sorte seus outros irmãos, Major Eduardo Emiliano, Tenente Hypólito e Alferes Afonso Aurélio, que faleceram em combate, nas batalhas de Curupaiti e Itororó.

Eclético e dotado de invejável inteligência, foi colocado à disposição do "Ministério dos Estrangeiros", a fim de fazer parte da Comissão de Limites entre o Brasil e a Bolívia.

Membro dos mais cultos da Comissão, soube o Dr Fonseca coligir incontáveis observações, especialmente de caráter científico, no decurso de seus três anos de peregrinações através das províncias limítrofes com a Bolívia. Esse repositório de observações constituiria, mais tarde, matéria para o seu precioso livro "Viagem ao redor do Brasil".

Promovido a General de Brigada em 1890, chegou ao mais alto cargo do Corpo de Saúde, com o título (da época) de inspetor-geral do Serviço de Saúde do Exército. Afastou-se da ativa quando eleito senador, retornando à Inspetoria-Geral em novembro de 1895.

O General João Severiano da Fonseca faleceu em 1897, no Rio de Janeiro. Sua insigne figura foi escolhida Patrono do Serviço de Saúde em 1940, a qual foi homologada em decreto de 13 de março de 1962.

Produção e Divulgação: CPOR/R

Chefia/Redação: CCOMSEx e Maj Ricardo Costa

Fotos: SComSoc/CPOR/R

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