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General-de-Divisão De Pessôa

  • Publicado: Terça, 28 de Mai de 2019, 17h06
  • Última atualização em Terça, 28 de Mai de 2019, 17h22

GENERAL-DE-DIVISÃO ROBERTO DE PESSÔA - 1910/2010

PARAQUEDISTA MILITAR 01

4º COMANDANTE DO CPOR DO RECIFE - 07 MAR 1941 a 11 JUL 1943

Filho de João de Pessôa Oliveira e da sua mulher D. Augusta Cândida de Miranda Henriques, prima do 1º bispo e arcebispo da Paraíba, D. Adauto Aurélio de Miranda Henriques. Foi o precursor para a criação da mais poderosa força especial do Exército Brasileiro, a Brigada de Infantaria Paraquedista. Em Pernambuco, tomou posse como Secretário de Segurança Pública, no segundo governo de Agamenon Magalhães. Na década de 1960, foi diretor da Federação Paulista das Estradas de Ferro S/A (FEPASA).

Nascido a 25 de Fevereiro de 1910 na capital paraibana, e depois de terminar os estudos liceais, frequenta a Escola Militar do Realengo onde é declarado, a 22 DEZ 1932,  Aspirante-A-Oficial da Arma de Infantaria.

Promovido a 1º Tenente em 24 AGO 1934, frequenta no ano seguinte a Escola de Educação Física do Exército, curso que lhe permitiu em 1936, viajar para Berlim como membro do Comité Olímpico Brasileiro, na condição de Subchefe da Delegação de Estudantes de Educação Física no Congresso Internacional de Educação Física que se desenrolou paralelamente aos Jogos Olímpicos de 1936.

É durante esta viagem que nele despontam os primeiros sintomas de paixão pelas atividades aeronáuticas que resultou num pedido apresentado ao Ministro dos Desportos da Alemanha, General Von Tschammer, para visitar um aquartelamento de tropas paraquedistas.

A resposta resultou, com aprovação do Ministro da Guerra brasileiro, General Eurico Dutra, na frequência de um Curso de Pilotos de Planadores, ministrado na Ilha de Sylt (mar do Norte da Alemanha).

A ligação do general Pessôa com a tropa aerotransportada teve início na Alemanha, em 1936, sob o regime nazista. O oficial brasileiro, então com 26 anos, era tenente especializado em educação física e fora enviado a Berlim para aprender, e depois adaptar às condições do Brasil, as avançadas técnicas de treinamento militar praticadas pela Wermach, o conjunto das forças terrestres alemãs.

Visitando um centro de instrução nos Alpes, o tenente Roberto de Pessôa acompanhou "com fascínio e entusiasmo", como escreveu no regresso ao Rio, o adestramento dos batalhões de elite do exército alemão. "A possibilidade de levar a tropa pelo ar e lançá-la diretamente sobre o teatro de operações representa um notável fator multiplicador da capacidade", disse em seu relatório.

Estavam em andamento os Jogos Olímpicos de Berlim. Pessôa tentou inscrever-se no curso de paraquedistas do III Reich. Embora tenha sido aprovado na série de testes de aptidão física, foi vetado - a administração nazista já concentrava recursos na formação dos seus próprios combatentes. Conseguiu, entretanto, o registro na Escola de Planadorismo. Pela proximidade, acompanhou boa parte do ciclo dos paraquedistas. Prolongando sua estada na Alemanha, passou pela rigorosa Academia de Esportes do III Reich. As disciplinas aprendidas e trazidas por ele para o Brasil ainda são empregadas no Exército.

Após este primeiro contato prático com a “vida aeronáutica”, regressou ao Brasil (1937) onde foi prestar serviço no 14º Regimento de Infantaria (S.Gonçalo-RJ), e onde permaneceu em diversos serviços e atividades com passagem, também, pela cidade do Recife.

Em Recife, o Cap ROBERTO DE PESSÔA comandou o Centro de Preparação de Oficiais da Reserva do Recife, CPOR/R, de 07 MAR 1941 a 11 JUL 1943, um Órgão de Formação de Oficiais do Exército Brasileiro, que já formou mais de 12 mil Oficiais R2, deixando um legado de sua brilhante trajetória incrustado nos militares formados na Escola de Fazer Heróis ou no Centro HERÓIS DE CASA FORTE, que possui essa denominação histórica por estar localizado no Bairro de CASA FORTE, em RECIFE, local onde se travaram as históricas batalhas contra a invasão Holandesa no Brasil, nos idos de 1645, onde se destacam a BATALHA DE CASA FORTE e a BATALHA DOS GUARARAPES, berço da nacionalidade e do Exército Brasileiro.

Todavia, a meta de criar a infantaria paraquedista no País ainda estava por ser atingida. Em 1944, em plena 2.ª Guerra Mundial, Pessôa negociou uma vaga em Fort Benning, onde o governo dos Estados Unidos treinava o contingente aerotransportado. Em outubro do mesmo ano, ele recebia a insígnia da tropa - o primeiro militar brasileiro preparado nessa modalidade de operação. Durante a invasão da Normandia, Pessôa estava lá, agregado à seleta 101.ª Divisão Aerotransportada.

De regresso ao Brasil (22 MAR 1945), é colocado no Estado-Maior do Exército para cooperar nos estudos sobre UNIDADES AEROTERRESTRES, complementando copioso relatório sobre uma proposta de criação de uma ESCOLA DE PARAQUEDISTAS nas Forças Armadas do Brasil.

Em 20 NOV 1945 comanda um grupo de 15 oficiais e 7 sargentos – mais tarde apelidados de PIONEIROS – que integrados na Comissão Militar Brasileira nos EUA, frequentam um Curso Básico Paraquedista na «PARACHUTE SCHOOL – Fort Benning».

De 19 JUN 1946 a 29 AGO 1946 comanda o Corpo de Alunos do NÚCLEO DE FORMAÇÃO E TREINAMENTO DE PARAQUEDISTAS, função que reassume em 25 JAN 1947. Deixa o comando do NÚCLEO para desempenhar as funções de Oficial do Gabinete do Ministro da Guerra.

Em 1957 regressa ao seio dos seus “pára-quedistas”, tendo sido nomeado (12 JUN 1958) Comandante do Batalhão Paraquedista «SANTOS DUMONT», atualmente designado por 26º Batalhão de Infantaria Paraquedista.

É promovido ao posto de Coronel em 28 de Dezembro de 1959.

Em 1966 passou à situação de reserva, e como consequência dessa situação é promovido ao posto de General-de-Brigada. Decorrente da sua inatividade profissional é promovido ao posto de General-de-Divisão.

Nos anos sessenta e por imperativos inerentes ao seu posto, sempre na qualidade de convidado, desempenha inúmeros cargos e tarefas de cariz público, tendo merecido os mais rasgados elogios que se traduziram em inúmeras condecorações nacionais e estrangeiras.

Figura muito respeitada na Brigada de Infantaria Paraquedista do Exército Brasileiro foi sempre alvo de uma atenção muito especial e que importa assinalar: sempre que respondia afirmativamente aos convites para participar nas cerimônias da Brigada, antes do inicio das mesmas, era anunciado às forças em parada e demais convidados que «…ESTÁ PRESENTE O GENERAL ROBERTO DE PESSÔA, PARAQUEDISTA Nº1 E INTRODUTOR DO PARAQUEDISMO MILITAR NO BRASIL.»

Texto adaptado pelo CPOR do Recife.

Fontes:

<https://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,primeiro-paraquedista-militar-do-brasil-morre-aos-100-anos-imp-,611755> Acesso em: 28 de maio de 2019.

<http://www.operacional.pt/morreu-o-para-quedista-militar-n%C2%BA1-brasileiro-general-de-divisao-roberto-de-pessoa/> Acesso em: 28 de maio de 2019.

<https://pt.wikipedia.org/wiki/Roberto_de_Pess%C3%B4a> Acesso em: 28 de maio de 2019.

 

 

   
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