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17 DE AGOSTO - BATALHA DE CASA FORTE.

  • Publicado: Segunda, 17 de Agosto de 2020, 17h47
  • Última atualização em Segunda, 17 de Agosto de 2020, 18h03

 

O combate de 17 de agosto de 1645, que ficou conhecido como a Batalha de Casa Forte, em alusão ao local onde foi travado, foi uma das mais notáveis vitórias pernambucanas na guerra contra o domínio holandês. Após a derrota imposta ao exército holandês pelos pernambucanos na Batalha das Tabocas no dia 3 de agosto de 1645, em Vitória de Santo Antão, Pernambuco, a tropa batava, na sua marcha de volta ao Recife, acampou no engenho Casa Forte pertencente a Anna Paes. No dia 16 de agosto, o chefe dos holandeses, coronel Henrique Hous (van Haus), enviou o major Carlos Blaer com um destacamento para fazer uma revista nas casas do povoado da Várzea onde residiam as famílias de chefes revolucionários pernambucanos e prender suas mulheres. A missão voltou no mesmo dia, com várias prisioneiras, entre as quais Isabel de Góis, mulher de Antônio Bezerra, Ana Bezerra, sogra de João Fernandes Vieira e Maria Luísa de Oliveira, mulher de Amaro Lopes, que foram encarceradas na casa-grande do engenho.

Comunicado o fato ao exército pernambucano que se encontrava nas proximidades de Tejipió, os chefes João Fernandes Vieira, André Vidal de Negreiros, Henrique Dias e Felipe Camarão, arregimentaram seus homens e partiram para socorrer as damas pernambucanas. Marchando sob pesada chuva e enfrentando as más condições dos caminhos, conseguiram atravessar o rio Capibaribe, na altura do Cordeiro, até alcançar e cercar o engenho de Anna Paes, na manhã do dia 17 de agosto. Pegos de surpresa pela fúria dos pernambucanos, os holandeses se refugiaram na casa-grande e colocaram as mulheres prisioneiras nas janelas que foram escancaradas.

O chefe da tropa pernambucana, interpretando o ato como um sinal de capitulação, ordenou um cessar fogo e enviou um oficial para negociar a rendição com os holandeses. O emissário foi morto covardemente na frente da tropa, o que indignou a todos. Esquecendo que entre os inimigos estavam as mulheres dos chefes, os pernambucanos atacaram com ferocidade os holandeses e com sede de vingança atearam fogo na casa. Cercado e sufocado pela fumaça, o chefe flamengo, coronel Henrique Hous, empunhando uma bandeira branca e o cabo de uma pistola, em sinal de rendição, capitulou junto com sua tropa.

A derrota custou aos holandeses 37 mortos, muitos feridos e mais de 300 prisioneiros, além de grande quantidade de armamento, cavalos e víveres. Foram feitos prisioneiros vários expoentes da oficialidade holandesa o que atemorizou de tal forma os invasores, que eles mandaram arrasar as casas do Recife, as árvores do Parque de Maurício de Nassau e determinaram a retirada imediata das tropas dos fortes de Sergipe, São Francisco e Porto Calvo e sua transferência para garantir a segurança do centro do Recife e adjacências.

A perda na tropa pernambucana foi pequena, as reféns foram libertadas e os feridos levados para os engenhos de Apipucos e São João da Várzea. Os prisioneiros holandeses foram enviados para a Bahia. O coronel Henrique Hous partiu da Bahia para Portugal no dia 6 de fevereiro de 1816, chegando a ilha Terceira onde foi encarcerado no castelo de São João até a sua ida para Lisboa. Tendo se recusado a servir a Portugal, foi enviado para a Holanda. Regressou depois a Pernambuco e foi morto na primeira Batalha dos Guararapes, em abril de 1648.

 

O Centro de Preparação de Oficiais da Reserva do Recife (CPOR/R) é um estabelecimento de ensino militar de formação de grau médio, da linha de ensino bélico, destinado a formar o Aspirante-a-Oficial da Reserva de 2ª Classe, habilitando-o a ingressar no Corpo de Oficiais da Reserva do Exército (CORE) e a contribuir para o desenvolvimento da Doutrina Militar na área de sua competência.

O CPOR/R é responsável pela supervisão e orientação escolar de 14 (quatorze) Núcleos de Preparação de Oficiais da Reserva (NPOR) vinculados, localizados nas regiões Nordeste e Norte do País, desde a cidade de Salvador, na Bahia, até Boa Vista, em Roraima.

O CPOR/R foi criado em 13 de novembro de 1933 e, ao longo de mais de 86 anos, já formou mais de 12 (doze) mil Oficiais R/2 para o Exército Brasileiro, os legítimos Heróis de Casa Forte.

Produção e Divulgação: CPOR/R

Chefia/Redação: Maj Cavalcanti / 3º Sgt Tainã

Fotos: SComSoc/CPOR/R

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